
30 de June de 2025
A logística portuária brasileira tem papel central na competitividade do país, especialmente considerando que cerca de 95% do comércio exterior passa pelos portos. No entanto, gargalos como filas de espera, atrasos nas liberações e falta de integração digital seguem impactando a fluidez das operações. Um estudo recente do Centronave aponta que o tempo médio de espera de navios para atracação nos portos brasileiros passou de 9 para 20 horas entre 2019 e 2023, um salto que revela sobrecarga estrutural.
Esses dados revelam que o país ainda enfrenta desafios estruturais importantes: infraestrutura portuária limitada, processos burocráticos fragmentados e sistemas de informação que não conversam entre si. Embora o programa “Porto Sem Papel” tenha sido implementado em 2011 para unificar comunicações entre armadores, agentes e autoridades portuárias, sua adoção plena só começou a ganhar força recentemente, com a versão 3.0, lançada em 2024. Desde então, o sistema tem possibilitado ganhos importantes: entre 2021 e 2023, mais de R$ 1,3 bilhão foram economizados graças à digitalização e à eliminação de redundâncias nos processos documentais.
Ainda assim, a velocidade de modernização é desigual. Enquanto alguns portos investem em tecnologia, outros continuam operando com estruturas defasadas, calados rasos e pátios que não suportam o volume e o tipo de carga movimentada. Em muitos casos, a dragagem é feita de forma emergencial, o que afeta o planejamento das companhias e a previsibilidade das operações.
Nesse cenário, os terminais privados têm se consolidado como peças estratégicas, sendo o principal responsável por investimentos. Segundo dados do Ministério de Portos e Aeroportos, os terminais de uso privado responderam por 64% de toda a carga movimentada nos portos do Brasil em 2024, alcançando 413,2 milhões de toneladas. Além disso, a projeção para 2025 é que o setor portuário brasileiro receba aproximadamente R$ 19,7 bilhões em investimentos, dos quais R$ 18 bilhões virão da iniciativa privada e R$ 1,7 bilhão de recursos públicos, de acordo com o Poder360.
A transformação da logística portuária brasileira depende de decisões estruturantes e investimentos consistentes. Mas já está claro que os avanços mais relevantes virão da sinergia entre tecnologia, gestão integrada e participação ativa da iniciativa privada. E é nesse ponto que parceiros como a Poly fazem a diferença. O sistema Poly Aduaneiro, por exemplo, é um investimento que contribui diretamente para a gestão integrada dos serviços prestados aos clientes, fazendo com que a empresa seja mais do que uma operadora, mas agente de mudança em uma cadeia que exige velocidade, clareza e confiança.